segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MAX o SHOW MAN - português!

Por causa de um post sobre o mar, publicado no blogue da minha amiga Graça Sampaio, onde figurava um video do You tube, do Charles Trénet, com a canção La Mer. Fiz pesquisa sobre o Trénet, e sobre a sua vida que não foi nada fácil no principio.
Já fora do computador lembrei-me que fui muito chegado em determinada fase da minha vida a um verdadeiro Show Man, só que Portugal é Portugal, e está tudo dito, Trénet foi conhecido mundialmente, também tinha categoria para isso, estudou muito para atingir esse patamar.
O Senhor Maximiano Sousa mais conhecido por MAX, também ele foi um criador de música e de personagens, que ao longo do seu show ele dava corpo e alma no palco, autodidata, criativo, e de uma sensibilidade artistica pouco comum.
Teve um contrato por cinco anos nos Estados Unidos, mas ao fim de dois anos estava de regresso, a sua biografia diz que foi por motivo de doença.
Foi parte integrante de muitas revistas e teatros, representava bem, trabalhou com Humberto Madeira, Solnado, e Eugénio Salvador, entre outros.
Musicalmente falando, foi baterista e vocalista do conjunto Madeirense de Tony Amaral, que deu brado na Madeira, e que foi contratado para Lisboa em 1946, mas Max, em 1948 sai e inicia a sua carreira a solo.
A sua discografia - incompleta.

Noites da Madeira/Bailinho da Madeira (78, VC, 1949)
Bailinho da Madeira/Noites da Madeira (Single, Decca/VC, 1956)
A Mula da Cooperativa / A Coisa / O Magala / O Homem do Trombone (Columbia)
Porto Santo
Sinal da Cruz
Pomba Branca, Pomba Branca/Quando a Dor Bateu à Porta (Single, Decca/VC, 1974)
As Bordadeiras
Casei com uma Velha
Júlia Florista
Maria Rapaz
Maria tu tens a mania
Mas sou fadista
Mula da Cooperativa
Nem às paredes confesso
Noite
O Magala
Porto Santo
Rosinha dos Limões
Saudades da Ilha
Sinal da Cruz
Vielas de Alfama

Estive várias vezes na sua casa em Mem Martins, quando o seu filho, e, meu saudoso amigo Henrique fazia parte dos DIAMANTES NEGROS, era uma pessoa que estava sempre pronta para ajudar os outros, e muitas vezes era ele que precisava de uma ajudinha.

Por este video quem não o conheceu pode ver, a sensibilidade musical deste homem que não teve paciência para aprender  solfejo, mas que tinha sensibilidade para interpretar os mais diversos instrumentos, com a voz, fazendo-se acompanhar aqui pelo conjunto de Jorge Machado, não alterando nada à harmonia da música, ou seja, faz as passagens dos tons que a mesma tem, sem qualquer indecisão ou erro.
A música de que mais gosto do MAX é, "NOITES da MADEIRA".

1 comentário:

  1. Bem lembrado, de facto! Era realmente o ONE MAN SHOW ele próprio. Fez (algum) furor naquela determinada época. Mas em Portugal nunca apreciamos o que é nosso. Sempre fomos - e continuamos a ser - uns provincianos!

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